Afectos e memória na estatuária urbana As crianças e as estátuas

Primeiro as Crianças

 

Em Cacilhas, lembrando a memória colectiva associada ao burriqueiro e homenageando o Poder Local, encontramos um bonito conjunto escultórico no espaço urbano que estende e contagia a alegria das crianças a quem por ali passeia.
É um lindíssimo conjunto de estatuária urbana que numa composição plástica dinâmica mostra três figuras de crianças que brincam, subindo, balançando e escorregando por uma representação de um burro.

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A modelação realista das estátuas das crianças integradas na representação estilizada de um burro em formato de escorrega evoca também os laços afectivos do animal com as crianças e imprime uma dimensão simbólica de alegria e liberdade associada às transformações ocorridas em Portugal com a Revolução dos Cravos.

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Este belo conjunto de estatuária urbana foi inaugurado no âmbito das comemorações dos 25 Anos do Poder Local (1976 – 2001), no concelho de Almada.
Titulado “Primeiro as Crianças”, é uma obra do escultor Jorge Pé-Curto. Em bronze, aço corten e inox, esta obra embeleza um pequeno espaço urbano de lazer que naturalmente também convida ao recreio.
De facto, as características desta obra de estatuária urbana apelam à interacção e brincadeira das crianças, tornando-se um importante elemento de estetização do espaço urbano da localidade e de grande valor patrimonial.

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Este é o significado da obra de arte da estatuária contemporânea; um valor de memória, um valor de conhecimento e um valor de beleza. Conjugando aspectos de fantasia e brincadeira das crianças, esta obra de estatuária urbana fixa na memória um pouco da história de Cacilhas, lembrando não só os burriqueiros do século XIX e a Revolução dos Cravos, mas também apelando aos afectos através da interacção que proporciona.

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